quarta-feira, 7 de abril de 2010

APRESENTAÇÃO

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Neste blog, estaremos apresentando e falando sobre a moda no início do Século XX (1900-1910),através de um trabalho interdisciplinar feito por Larissa Moura, Kelley Lourraine e Symilla Lino, estudantes de moda, com a construção de uma bolsa com características do início do Século XX,que foi um período conhecido como La Belle Époque ou Era Eduardiana.

Analise imagética da década




Nos sistemas visuais analisados , no início do século XX o design das roupas apresentavam em seu conjunto segregação , porque apesar de em seu conjunto possuir várias texturas e cores , é possível diferenciar o que é cada peça. Mas, também unificam-se pela cor e tom por em seu conjunto possuirem uma e só cor como principal e outras a complementando. Apresentam continuidade por haver poucas rupturas em sua composição, complexidade por apresentar muitas unidades formais sendo assim de média pregnância mas são harmônicas, profusão harmônica e semelhança nos detalhes.
O vestuário também apresenta opacidade, proximidade por serem constituídas de várias unidades dentro do todo, coerência devido à compatibilidade de estilo e formas entre os elementos, possuía um certo exagero devido à extravagância das roupas de luxo, arredondamento devido a distinção delicada das peças, seguencialidade, sobreposição por seu vestuário ser composto por vários elementos opacos organizados uns sobre os outros, apresentam profundidade devido à variação do tom.

O início do século XX

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1900-1909
O século XX foi o período de cem anos iniciado em 1 de janeiro de 1901e terminado em 31 de dezembro de 2000 que se notabilizou pelos inúmeros avanços tecnológicos, conquistas de civilização e reviravoltas em relação ao poder. No entanto esses anos podem ser descritos como a "época dos grandes massacres", já que nunca se matou tanto como nos conflitos ocorridos no período. Em muitos países da Europa e da Ásia, o seculo XX também foi largamente apelidado de "Século Sangrento". O historiador Eric Hosbawn considera, de maneira figurada, o século XX como o período entre a eclosão da Primeira Guerra Mundial.
No século vinte assistiu-se a uma mudança notável na maneira como um vasto numero de pessoas vivia, como resultado de inovações tecnológicas, médicas, sociais, ideológicas e políticas. Termos como Idologia, Guerra Mundial, Genocídio e Guerra Nuclear entraram em uso comum e tornaram-se uma influência na vida quotidiana das pessoas. As tendências de mecanização de bens, serviços e redes de comunicação global, que haviam sido iniciadas no século XIX, continuaram em crecimento cada vez mais acelerado no século XX. Argumenta-se que o século XX remodelou a face do planeta de formas que nehum século prévio havia feito.
No iníco do século, Paris é a capital artística do mundo, onde tanto escritores, compositores e artistas franceses quanto estrangeiros se encontravam. Filmes, música e a mídia tiveram uma grande influência na moda e tendências em todos os aspectos da vida. Como muitos filmes e músicas se originaram dos Estados Unidos, a cultura americana se espalhou rapidamente por todo mundo. Após ganhar direitos políticos nos Estados Unidos e grande parte da Europa na primeira parte do século, e com o advento de novas técinicas de controle de natalidade, as mulheres tornaram-se mais independentes ao longo do século.

Era Vitoriana
A era vitoriana começa no século XIX e termina no inicio do século XX (1837-1901).
O inicio do período vitoriano é marcado pelo recato das mulheres, a aparência das damas era de vulnerabilidade, as roupas eram desenhadas para fazerem as mulheres parecerem fracas e imponentes como elas realmente eram. A mulher deveria ser algo entre as crianças e os anjos, frágeis, tímidas, inocentes e sensíveis. O espartilho que fazia mal para coluna e também para os órgãos internos e que as mulheres começavam a usar desde os 4 anos de idade.Cores claras. O ideal de beleza dessa época era a mulher pequena e esguia, cabelos cacheados, olhos grandes, boca pequenina e ombros caídos. A fraqueza e a inanidade eram consideradas qualidades desejáveis em uma mulher, era elegante ser pálida e desmaiar facilmente, “saúde de ferro” e vigor eram características “vulgares” das classes baixas, reservadas as criadas e operárias.
No final da era vitoriana as saias já não são enormes, tornando-se mais justas. Então Eduardo VII se torna rei e entramos no Belle Epoque(1890-1914), a moda deste período é marcada pelo luxo e beleza das roupas, grandes chapéus muito bem e divertidamente ornados, muitas plumas e bordados. A mulher deixa de ser tão frágil e se torna cada vez mais maduras, as curvas se acentuaram, o tecido se tornou mais pesado e as cores mais fortes e sóbrias.
O artista americano Charles Dana Gibson por 20 anos entre 1890 a 1910 satirizou a sociedade com a imagem do “The New Woman”, esta era competitiva, esportiva, emancipada e muita bela, as saias eram compridas e camisas com broderie as vezes com babados como gravata são roupas que chocaram a época.
Desde o inicio de século XX a França tem o domínio absoluto das indústrias da moda, por ser povoada e prospera. As maisons constituem uma considerável indústria de mão-de-obra, não se afasta um milímetro das regras intangíveis de certo jogo social, este fixa os usos, os comportamentos e, portanto, as aparências de uma sociedade muito fechada que acredita tanto em sua solidez como em sua moeda. A França em 1900 não esta pronta para admitir que a arte, a inovação e qualquer forma de criação para servir à gloria nacional ou os prazeres particulares, proadam por rupturas e por choques sucessivos através dessas revoluções que vão estar associadas a todas as vanguardas no decorrer do século XX. Primícias de uma futura influencia da “rua”, os vestidos sóbrios e quase sempre bem feitos propostos pelos balcões dos grandes magazines vão familiarizar muitas mulheres com uma concepção de roupas que não ousaríamos ainda dizer “pratica”, mas que é visivelmente menos ornamental.
A mulher da década de 1900, era encerrada em varias camadas de roupa de baixo, primeiro vinham a chamise e os calções ou combinações, em seguida vinham o espartilho e logo depois o vestido. A silhueta em S que caracterizou o inicio da década de 1900. Os pequenos “etecéteras da moda”, como eram chamados os acessórios, eram luvas, peles, leques, sapatos de biqueira amendoada e um guarda-chuva, sombrinha ou bengala davam o toque final. Os comésticos eram considerados vulgares, mas eram usados dentro dos limites do boudoir. A cabeleira deveria ser abundante e penteada com corpo e ondulações profundas nem que para tal fossem necessárias cabeleira postiça e enchimentos. As crianças usavam roupas mais folgadas, os meninos gostavam das roupas de marinheiros e com a implantação dos esportes nas escolas as roupas das meninas ficaram mais folgadas porem as botas continuaram pesadas de cordão. Os homens não mudaram muito de acordo com o tempo, no entanto, naquela época eles usavam fraque ou sobrecasaca no dia-a-dia e um colarinho engomado de cerca de 10cm de altura.
Os sapatos enfeitados com contas, combinavam uma gáspea alta com um salto levemente afilado, o padrão entalhado no couro é ressaltado por um elaborado arranjo de minúsculas contas de aço.
O numero de mulheres trabalhando aumentou consideravelmente entre 1900 e 1913 e um elegante conjunto de saia e casaco com blusa era a solução perfeita para uso em escritórios, para a beau monde a rotina diária exigia pelo menos quatro mudas de roupa, para a manha, o inicio da tarde, para o chá e para a noite. A equitação dava as mulheres uma oportunidade para exibir sua boa forma em roupas de corte justo, a caça, o golfe, a patinação, o tênis, croquet, arco e flecha e natação exigiam roupa especializadas. Os tea gowns(vestidos de chá) permitam as mulheres algumas horas de alivio dos apertados espartilhos , eram longos, fluidos e as vezes volumosos. O estilo Império, Diretório ou Madame Récamier com linhas verticais retas e cintura alta era usado nos primeiros anos do século para os vestidos de noite e para os tea gowns, mas em 1909 havia se tornado a forma dominante. As cores suaves da década gradualmente foram substituídas por cores mais fortes, mais afirmativas, devido a certos fenômenos culturais e pelo surgimento de diversos talentos da vanguarda centrados em Paris.

Belle Époque
Belle Époque é um estado de espírito, que se manifesta em dado momento na vida de determinado país.
No Brasil, a Belle Époque situa-se entre 1889, data da proclamação da República, e 1922, ano da realização da Semana da Arte Moderna em São Paulo, sendo precedida por um curto prelúdio – a década de 1880 – e prorrogada por uma fase de progressivo esvaziamento, que perdurou até 1925.

Seria impossível entender a Belle Époque brasileira fora de suas vinculações com a França. Na segunda metade do Século 19, cinco grandes exposições internacionais realizadas em Paris indicaram, aos pintores e escultores do mundo inteiro, a tendência estética mais em voga.
Art Nouveau
Estilo artístico desenvolvido na Europa a partir do final do século XIX.
O estilo Art Nouveau é caracterizado pela sua ruptura com as tradições que até então persistiam excessivamente na arte e na arquitetura. Tratou-se de um estilo novo voltado para a originalidade da forma, de modo que era destituído de quaisquer preocupações ideológicas e independente de quaisquer tradições estéticas. Pretendendo-se como nova arte, o estilo procura ainda rejeitar as formas meramente funcionais envolvidas em todos os objetos decorativos provenientes da produção em massa e adere às formas sinuosas, curvilíneas. Portanto tal estilo teve principal influência sobre a arte decorativa do início do século e ainda sobre a arte arquitetônica, na qual grandes nomes da arquitetura moderna se utilizaram deste estilo, como por exemplo o arquiteto espanhol Gaudi. Também na pintura, o estilo esteve relativamente presente nas obras de personalidades artísticas como Vasili Kandinsky e Franz Marc. O estilo teve seu período de sucesso entre as duas últimas décadas do século XIX e as duas primeiras do século XX, em que é substituído paulatinamente pelo estilo Art Deco e definitivamente abandonado por ser considerado um estilo já ultrapassado.

Analíse imagética das bolsas

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Apresentam unidade pois possui mais de um elemento configurando o “todo”, ou seja, o próprio objeto devido as rendas e aplicações da bolsa (flores, espartilho, cetim). Apresentam segregação pois apesar de ser constituídas por vários elementos como espartilho, colchetes, botões, etc, é possível separar e identificara cada uma dessas unidades formais. Apresenta unificação, devido sua organização formal, também apresenta continuidade devido as linhas presente nas bolsas formadas pelo viés.

Também possuem semelhança, pois as três bolsas em si apresentam partes semelhantes como o espartilho. Possui alta pregnância, pois são poucas as unidades formais que constituem a bolsa. Possui forma por ponto, devido os botões, por linha devido a aplicação do viés, também possui forma superficial com pouco volume por possuir apenas duas dimensões: comprimento e largura. Apresenta forma por configuração esquemática pois o espartilho presente na bolsa é uma representação de seu esqueleto estrutural. Possui também harmonia por ordem pois as bolsas em si produzem concordâncias e uniformidades entre si, possui harmonia por regularidade pois as bolsas tem um equilíbrio visual. Possui equilíbrio por simetria devido o equilíbrio visual como a figura do espartilho presente nas três bolsas. Possui contraste de cor presente nas duas faces da bolsa, também apresenta contraste de proporção e escala devido as três bolsas apresentarem o espartilho de tamanhos diferentes. Possui clareza por termos uma compreensão imediata ao olharmos a bolsa e também simplicidade. Possui coerência pela compatibilidade de estilos e formas entre os elementos. Possui opacidade, redundância pela repetição da figura do espartilho nas bolsas, também apresenta sutileza pela distinção delicada e de refinamento visual. Possui superficialidade pois representa plano bidimensional, e possui sobreposição pelos elementos organizados uns sobre os outros. Os elementos presentes no ínicio do século que foram empregadas na bolsa são o espartilho, algumas formas orgânicas com as aplicação de flores na bolsa as cores como o rosa claro, o verde e o preto.

domingo, 7 de março de 2010

Analise das cores

As cores usados no vestuário do início do século eram cores em tons pastéis como rosa, verde e de tons terrosos, pelas cores serem do mesmo tom elas apresentam unificação, devido termos a mesma sensação ao vermos essas cores através de sua organização formal, elas também apresentam proximidade, semelhança e alta pregnância por serem do mesmo tom. Equilíbrio e harmonia devido as combinações feitas naquela época, clareza, simplicidade e sutileza provocado pela combinação de cores.

Bibliografia

Gestald do objeto: Sistema de leitura visual da forma
João Gomes Filho

Design do século: o livro do design do século XX
Kenneth Grange

A roupa e a Moda
James Laver